Investir em imobiliário no Grande Porto: rentabilidade e segurança

Apesar da valorização acentuada do mercado imobiliário — com preços a subir mais de 17% no último ano — ainda existem oportunidades acessíveis para quem pretende investir. Este artigo foca-se na ótica do investimento, complementando uma primeira parte dedicada à compra de habitação, onde foram destacadas as cinco freguesias mais acessíveis no Grande Porto.

Ao investir, é importante definir se o objetivo principal é a rentabilidade ou a segurança. Cada abordagem tem características distintas:

Investimento com foco na rentabilidade

Para obter maior rentabilidade, o ideal é procurar imóveis em zonas periféricas, onde os preços de aquisição são mais baixos. Estas áreas, embora apresentem maior risco, podem oferecer uma yield mais elevada devido à diferença entre o valor de compra e a renda anual.

É essencial considerar a mobilidade: zonas com bons acessos e transportes públicos, especialmente próximas das linhas de metro em expansão, tendem a atrair mais inquilinos. O perfil típico nestas zonas será de jovens ou famílias da classe média, o que pode implicar menor estabilidade, mas maior retorno financeiro.

Investimento com foco na segurança

Se o objetivo for segurança, o mercado imobiliário continua a ser uma opção sólida, especialmente num contexto de taxas de juro e depósitos baixos. Imóveis bem localizados podem oferecer uma yield entre 4% e 4,5%, com potencial de valorização superior ao rendimento mensal.

A cidade do Porto, em comparação com concelhos vizinhos como Matosinhos, Gaia ou Maia, apresenta maior procura e dinamismo, o que garante maior liquidez e segurança ao investimento. Zonas consolidadas com presença de classes média-alta ou alta são especialmente recomendadas.

Tipologias recomendadas

As tipologias T1 e T2 são as mais procuradas e oferecem maior facilidade na substituição de inquilinos, o que contribui para a estabilidade do investimento.

Zonas seguras para investir

Algumas zonas consolidadas da cidade do Porto, como Pinheiro Manso, Pinhais da Foz, Boavista, polo universitário e o centro da cidade, são indicadas para quem procura segurança. Estas áreas têm procura elevada por parte de classes média-alta e alta.

Perspetiva futura

Atualmente, estão em fase de licenciamento mais de 35.000 imóveis em Portugal. No entanto, só no segundo trimestre foram transacionados mais de 43.000 imóveis, o que indica que a oferta não acompanha a procura. Projetos com centenas de frações novas já apresentam taxas de absorção superiores a 45%, o que reforça a dinâmica do mercado.