Mercado Imobiliário em Portugal: Dados Reais e Tendências por Concelho
Por Luis Baldaque
11/21/2025
O mercado imobiliário em Portugal está a aquecer, mas não de forma igual em todo o país. Há concelhos a acelerar e outros a mostrar sinais de travagem. Com base em dados reais da Confidencial Imobiliária, analisamos a evolução dos preços e vendas de apartamentos em várias cidades, bem como os principais indicadores financeiros que influenciam o setor.
Lisboa
Lisboa manteve um ritmo forte.
Vendas cresceram 9%.
O preço por m² subiu 13%, atingindo 5.250 €.
O preço médio de venda ultrapassa os 443.500 €.
A área média dos imóveis diminuiu ligeiramente, sinal da pressão da procura por imóveis mais compactos.
Porto
O Porto registou um dos crescimentos mais expressivos entre os grandes centros urbanos.
Vendas aumentaram 15%.
O preço por m² subiu 20%, para 3.900 €.
A área média caiu 11%, reforçando a tendência de imóveis mais pequenos e acessíveis.
Faro
No Algarve, o mercado mostra contrastes.
Vendas cresceram apenas 3%.
O preço por m² subiu 15%, para 3.450 €.
A procura continua fortemente dependente de compradores internacionais e projetos de segunda habitação.
Braga
Braga mantém um crescimento saudável.
Vendas aumentaram 4%.
O preço por m² subiu 15%, para 2.350 €.
A área média aumentou, revelando margem de crescimento e forte presença de público jovem e estudantil.
Viseu
Viseu destacou-se pelo maior crescimento nas vendas.
Vendas subiram 31%.
O preço por m² aumentou 11%, para 2.050 €.
Os descontos diminuíram, sinal de elevada competitividade entre compradores.
Coimbra
Coimbra consolidou a tendência de subida.
Vendas cresceram 16%.
O preço por m² subiu 24%, para 2.850 €.
O mercado estudantil e os investidores continuam a ser motores importantes da procura.
Évora
Évora apresenta crescimento moderado.
Vendas aumentaram 7%.
O preço por m² subiu 10%, para 2.650 €.
Os descontos caíram de 5% para apenas 1%, mostrando maior firmeza da oferta.
Em quase todos os concelhos analisados verificou-se:
Aumento das vendas.
Subida do preço por m².
Redução da área média em várias cidades.
Tempo de venda a estabilizar ou aumentar ligeiramente.
A oferta nova continua insuficiente para acompanhar a procura real.
Indicadores do mercado de habitação
A TAEG baixou de 5,8% para 4,7%, reativando compradores.
Custos de construção subiram cerca de 8%, sobretudo na mão de obra, mantendo pressão nos preços da habitação nova.
Indicadores financeiros
Euribor a 12 meses desceu para 2,2%.
Obrigações do tesouro a 10 anos subiram para 3%.
Inflação europeia estável em 2,1%.
Este cenário cria um ambiente misto: crédito ligeiramente mais acessível, mas financiamento de longo prazo com custos crescentes.
Commodities
Ouro valorizou 45% em apenas um ano, reflexo da procura defensiva.
Petróleo desceu 11%, para 65 por barril, ajudando a aliviar custos de transporte e construção.
Notícia do mês
Foi aprovada uma nova lei que altera as condições de entrada e residência de estrangeiros em Portugal. Esta medida poderá ter impacto direto na procura internacional, sobretudo nos centros urbanos com maior pressão imobiliária.
